sexta-feira, 4 de novembro de 2016

POESIA DOS MUROS

Amigos! Com muita alegria partilho com vocês mais uma premiação no concurso POESIA NA ESCOLA 2016!!





POESIA DOS MUROS

A poesia dos muros é a melhor.

Versos jogados na cara, com uma crueza que não lhes costuma ser peculiar.
E com lirismo ainda por cima.

Por cima do muro,
a verdade olha.

Verdade que emudece
entontece
dá náuseas.

Olha em torno, alguém reparou?
E sai ajeitando a saia...

Estampados na pedra lisa ou áspera,

muro da fábrica me deixa febril
muro da escola me deixa na dúvida
estudo ou ex-tudo?           

os versos não desconversam:
vão direto no âmago
embrulham o estômago.

Doem.

Como pode picharem o muro?
Diz a decência dos hipócritas
escrita em suas testas.

Por cima do muro,
A verdade faz tsc tsc...

A poesia dos muros é, de fato, a melhor.

domingo, 29 de maio de 2016

Qual o barulho da lua?



Caio me pergunta: "Qual o barulho da lua?"

A lua é uma testemunha silenciosa

às vezes feliz. às vezes triste
às vezes plena, às vezes pequena

Depende daquilo que vê...


Fica feliz

se vê um casal que bem se quis

Fica triste

se vê um solitário que lhe resiste

Fica plena

se vê uma agradável e bela cena
(de amantes que se dão)

Fica pequena

se não.

Klara Rakal


Poeminha escrito em maio de 2013 e já publicado no Blog do Caio.

Relembrando então:
 http://caio-meufilholindo.blogspot.com.br/2014/01/caio-me-pergunta.html

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Minhas Memórias Literárias III

"Sim... sou professora, mas se me tornei uma, foi por puro medo e admiração de uma professora da época do ginásio: a dona Marilene. O quase parentesco da “tia” cedeu lugar para o respeito que nos imobilizava diante da agora “dona”. Enérgica, sua voz se tornava doce quando chegava o dia da entrega das redações corrigidas. Ela era só elogios para meus primeiros e vacilantes textos, e deixava recadinhos em cinco ou seis palavras que eram, para mim, versos da mais pura poesia, lidos, relidos e decorados, como se a me convencer de que um dia, realmente, eu poderia ser uma verdadeira escritora."

Com este trecho descrevi timidamente, no livro "Minhas Memórias Literárias", as circunstâncias que me incentivaram a ser uma professora e também uma escritora. E explicitei quem foi a minha inspiração: profª Marilene Tinoco, que me deu aulas de Língua Portuguesa nos anos de ginásio, na Escola Municipal Belmiro Medeiros.



Tornamo-nos amigas no Facebook e lhe fiz o convite para assistir ao I Sarau do Bar. O que ela não sabia é que havia lhe preparado uma pequena surpresa...

No dia marcado, quando cheguei ao bar, estacionei o carro e meu coração já estava aos pulos... Falei com meu filho que me acompanhava: "acho que vi minha professora!". Claro que toda a família já estava sabendo do encontro e Caio estava bastante curioso, diria incrédulo, acho que ele me considerava velha pra ter uma professora... Conforme me aproximava, ia procurando-a, até que a vi, já acomodada numa mesa. Meu ímpeto era correr, só não havia ainda decidido para qual direção: ao seu encontro, para abraçá-la finalmente, ou para o lado oposto, fugindo, pois toda aquela ansiedade era demais pra mim, rememorando meus tempos de timidez extrema.

Ela era exatamente como a imaginava! Claro que as fotos no Facebook ajudaram-me a resgatar sua imagem; mas o jeito de falar, de sorrir e gesticular era o mesmo que guardara na gavetinha mais especial do meu coração.


Eu tinha um receio, lá no meu íntimo: que aquilo tudo fosse uma atmosfera criada por mim e que não correspondesse à realidade. Tinha medo de que o encanto se desfizesse quando passasse a vivê-lo realmente. Mas o que aconteceu foi exatamente o contrário! Abracei-a o mais que pude (será que fui inconveniente? Ai, meu Deus, essa dúvida agora me ocorreu!), conversamos, fui presenteada! Houve uma sintonia mágica... Como eu estava feliz!


Iniciei o Sarau, vieram as apresentações, poetas declamaram, mostraram seus livros, até que chegou o momento da surpresa: apresentei o livro "Minhas Memórias Literárias" ao público, li o exato trecho acima em destaque, entreguei-lhe flores junto com um exemplar carinhosamente dedicado a ela! Foram momentos de muita emoção!







A partir desse momento compreendi que nada é definitivamente passado, tudo nos pertencerá sempre: o que fomos, o que fizemos, com quem estivemos... O que vivemos define o que somos, e poder reviver tudo (até as dores) nos torna melhores, mais fortes e mais felizes.

Foi um sonho realizado.


sábado, 21 de maio de 2016

Minhas Memórias Literárias I



MEMÓRIAS DA VIDA INTEIRA

       Aprendi a ler no trajeto que fazíamos com alguma frequência entre a Ilha do Governador, onde minha família mora até hoje, e Botafogo, bairro onde na época residia uma das minhas tias paternas. Eram os imensos outdoors no alto de prédios como o da Mesbla, visualizados do Aterro do Flamengo, ou os indefectíveis letreiros da Coca-cola.

       Depois, nos bancos da Classe de Alfabetização da Escola Municipal Belmiro Medeiros, esquematizei o aprendizado andarilho pelas afetuosas intervenções da tia Vera, única informação que tenho dessa profissional que cuidou de me ensinar o que eu, inconscientemente, já sabia...

       Veio a tia Ivonne, nos quatro anos de primário que se seguiram, com seu jeito firme e cuidadoso de nos conduzir no mundo escolarizado. Aprendi muito mais do que nomes, qualidades, ações ou circunstâncias, todas antecipando as classes de palavras que, hoje, tanto me acalentam o fazer profissional.

       Sim... sou professora, mas se me tornei uma, foi por puro medo e admiração de uma professora da época do ginásio: a dona Marilene. O quase parentesco da “tia” cedeu lugar para o respeito que nos imobilizava diante da agora “dona”. Enérgica, sua voz se tornava doce quando chegava o dia da entrega das redações corrigidas. Ela era só elogios para meus primeiros e vacilantes textos, e deixava recadinhos em cinco ou seis palavras que eram, para mim, versos da mais pura poesia, lidos, relidos e decorados, como se a me convencer de que um dia, realmente, eu poderia ser uma verdadeira escritora.

       Mas antes mesmo da paixão de escrever veio a mania de ler. Desde os meus cinco anos, espiando timidamente pela janela do carro que à média velocidade fazia o Ilha-Botafogo, eu lia o que me aparecesse pela frente. Ou entortava o pescoço até quase doer para observar os desenhos das letras das propagandas laterais, menores, nos postes e placas, mais ao alcance do asfalto quando o carro parava em algum sinal.

       A primeira literatura que me caiu nas mãos foi uma coleção preciosa – porque não era minha – de capa azul com vários clássicos Disney. Não, não falo de uma Pequena Sereia, nem de A Bela e a Fera, muito menos de Pocahontas; antes, refiro-me às histórias de Branca de Neve e os Sete Anões, Dumbo, Bambi, A Dama e o Vagabundo, Pinóchio, assim mesmo grafado. Ricamente ilustrados e surrupiados de mim pelos irmãos mais velhos.

       Um pulo no tempo faz-se necessário, pois, paradoxalmente ao esforço de escrever minhas Memórias, sou péssima de memória. Só me lembro de flashes, em que devorava os gibis do Pato Donald, da Luluzinha e, mais tarde, da Turma da Mônica (os quais, preciso confessar, até hoje...); os romances para adolescentes apaixonadas (qual adolescente não é permanentemente apaixonada por algo ou alguém?), que por pura falta de imaginação eram publicados em livretos de banca chamados de Bianca, Júlia e Sabrina... Década de 70? 80? Bem... já disse que memória não é o meu forte. Mas pela minha data de nascimento, sentencio: em idos de 1980.

       Em determinado momento, adolescente ainda, entrou na minha vida o Círculo do Livro, uma espécie de clube em que o associado tinha de adquirir pelo menos um livro por quinzena. Aqui entra o grande “mecenas” da minha “arte”: mamãe. Fazia pensão caseira e, às custas de um trabalho que lhe roubou a juventude, vendia marmitas entregues de bicicleta pelo meu irmão, que invariavelmente escutava, irritadíssimo, um “Marmiteiroooo”... Resultado do esforço dela foi a prateleira repleta de best sellers e de surpreendentes autores estrangeiros, e dois livros sempre insuficientes para um só mês. Foi uma época de muito ler e descascar batatas e outros legumes.

       A mania de ler me levou para a escolha da faculdade: Letras. Foi na UFRJ que descobri, encantada, as várias possibilidades de leitura... e por ela me apaixonei irremediavelmente, sobretudo pela poesia, mais sobretudo ainda pela poesia de Drummond e Bandeira. Reunião e Estrela da Vida Inteira são os meus livros de cabeceira, até hoje.



Texto escrito especialmente para o concurso de redação Minhas Memórias Literárias, para professores e bibliotecários da rede municipal, em 2015.

O lançamento do livro ocorreu em março de 2016, na Casa de Rui Barbosa, em Botafogo, Rio de Janeiro.




terça-feira, 17 de maio de 2016

Minhas Memórias Literárias II

Manhã de lançamento do livro no qual conto um pouquinho de mim e da minha trajetória de leitora/escritora.

Belas e indispensáveis palavras de Bia Hetzel e Ninfa Parreiras, que nos emocionaram com suas impressões durante a seleção dos textos.

A cumplicidade de sempre do meu marido Antonio Carlos que pacientemente me acompanhou.

A coordenadora da 11ª CRE, Tânia Bendas, nos prestigiando com sua presença.

Foi tudo perfeito.

Já mergulhei em tantas memórias, não consigo parar de ler e percebo que as minhas são de muitos também! Impressionante!

E o orgulho do colega Diego Knack que merecidamente foi um dos dez premiados!!

Bastante feliz!!






O último abraço


O último abraço

Quando darei o último beijo?
Quando farei amor pela última vez?
O último abraço, o último laço
Que me une ao mundo, quando o romperei?

Por isso abraço tanto, beijo muito,
Faço amor com amor e estupidez.

Quando cessará minha lucidez,
A surdez fechará meus ouvidos
E assim meus sentidos não terão mais sentido?

A cegueira se instalará
E não verei sequer o último adeus?

Mesmo depois de todos os abraços,
O último abraço me surpreenderá
Sem que eu saiba ser, de fato, o derradeiro.

E não me conformarei
Pois quereria ter abraçado mais, beijado mais, amado mais.

KLARA RAKAL
09-10/05/2016




sábado, 12 de março de 2016

Nanaiara

Ela tem cabelo de fogo
Com essa menina não tem jogo!
Explosiva, destemida, determinada
Parece não ter medo de nada.
Que ninguém mexa com ela não,
Lá vem chuva de palavrão!
Mas... tem uma doçura escondida:
Romeu e Julieta
É sua leitura preferida...



Minha aluna no ano passado, hoje secundarista já.  Adolescência pulsando na veia do modo mais extremo possível. Me amarrava, mas precisava manter o andamento das aulas normal, aquela coisa de bom comportamento e tal. Que ela não se perca nos seus extremismos e ganhe o mundo com a sua personalidade.
Publicando o poemeto que já até havia esquecido de ter feito porque a vi passar na rua hoje!

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Dia perfeito e feliz...

Publicado em 23 de agosto de 2015

CRONICAS ACIDENTAIS - meus escritos do facebook

Então: só agora parei um pouquinho, acabei de almoçar. Meus fins de semana têm sido relativamente corridos para quem ama um sofá e uma TV, um Netflix, pipoca e marido ao lado. Mas é o que menos tenho feito. Hoje, pleno domingo, dei aula particular na parte da manhã. Pensa que estou me queixando? Naooooo! Fui feliz estudar com meu aluno muito muito querido, bebendo os raios de sol que atravessavam a copa das árvores e refletiam no meu parabrisas a caminho da Ribeira. Rádio ligado com músicas que amo, hoje a seleção foi em minha homenagem, só pode ter sido. E assim, fui dirigindo e cantando, pensamento leve... Fiz até um poema mentalmente, reafirmando minha necessidade de um celular melhor em que eu possa baixar um gravador de voz e acabar com os poemas perdidos... Hoje mais um se foi. Lembro só o começo: "Não acho mais o feio tão feio, nem o bonito, bonito demais".
Agora, filhos alimentados, crianças brincando, uma linda menina (amiguinha do Caio da escola) trazendo um pouco de feminino ao meu mundo tão rodeados de masculinos... Casa cheirosa, limpa e organizada pelo marido, amor, amigo, companheiro, parceiro e cúmplice Antonio Carlos... E um sorvete de flocos!!! Ahhhh!!! Dia perfeito e feliz.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Quem é ela?

Quem é ela?
Desliza na passarela,
Que talento!
Como requebra!
Quem é essa bela
Menina, que encanta
A plateia, com seu jeito
De moleca
Como fosse uma mola
Brincadeira, uma bola,
Uma boneca?
Quem é essa jovem
Que esconde no cabelo
A timidez disfarçada
No largo sorriso
Enquanto sacode
O corpo e explode
Com o samba no pé,
Pouco siso, pouco juízo?
Quem é ela? 
Isabella.



KLARA RAKAL
28 de agosto de 2015
Uma aluna da escola onde leciono na rede pública municipal.
Uma menina de muito gingado, mas que na sala de aula dá um trabaaaalho...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Corrigindo Redações

Publicado em setembro de 2015

CRÔNICAS ACIDENTAIS - meus escritos de facebook


          Corrigindo redações, vista embaçada, preciso limpar as lentes dos óculos. Tá. Fui ao quarto, vi a mala do fim de semana passado ainda por terminar de desfazer. Tirei tudo, guardei objetos, separei a roupa pra lavar. Fui até a área e vi dentro da máquina roupa pra pendurar. Pendurei. Mas, antes de colocar a roupa da viagem pra lavar, lembrei que na fila estava a manta do sofá que não deu tempo de lavar na faxina de quinta-feira. Então, voltei pra sala pra retirar a manta e resolvi lavar também as capas das almofadas. O enchimento estava com partes soltas e sujou o chão. Voltei à área, coloquei a manta e as capas e mais outros itens semelhantes pra lavar e voltei à sala com a vassoura em mãos, a fim de varrer o que eu sujara com os enchimentos das almofadas. Aí aproveitei e varri também algumas migalhas de pão do café da manhã do Caio, que graças a Deus saiu com o pai pra pegar doce e passear, me deixando assim à vontade pra corrigir as redações. Como uma coisa puxa a outra, fui passar uma vassourinha no corredor, pra juntar com o lixinho da sala, não custa nada, né. E do corredor varri também meu quarto e o banheiro ( o quarto do Caio escapou por ter muitos brinquedos espalhados no chão e o do Pedro e Lucas estava ocupado com um dos filhos escutando Red Hot Chilli Pepers e estudando). Entrando no banheiro me deu vontade de fazer xixi, e aí percebi que o vaso estava precisando de uma limpezinha. Voltei à cozinha para pegar o Mr. Músculo, só com ajuda de um fortão para dar cabo das bactérias! Limpei o vaso, terminei de varrer, empurrando o lixo que agora já não era tão assim lixinho para a cozinha que - adivinhem?? - precisava ser varrida também. Sacudi o tapete e lá fui eu. Tinha louça na pia, mas não vou dar esse mole para os homens da casa, né? Ajeitei tudo e percebi que estava muito suada. Liguei o ventilador da sala e me sentei à mesa, diante das redações. Respirei fundo e ia recomeçar a corrigir quando percebi que a vista estava embaçada. As lentes... É POR ESSAS E OUTRAS QUE DEMORO TANTO PARA CORRIGIR AS PROVAS E REDAÇÕES!!!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

ONZE VINTE


          Ensurdecedor e doce
          Mágicas palavras e balanço
          Vou numa comunhão compulsória
          Todos se divertem eu observo
          Presto atenção a letra é de amor
          Olho números na tela do celular
          Uma hora depois da meia noite continua onze vinte
          Um meio sorriso: aprovo
          E meu corpo dança imperceptivelmente
          Ou é minha mente que dança
          Adocicado perfume apesar de tantas garrafas d’água
          Morno cansaço e enlevo
          Levo e sou levada, é uma onda
          Todos diferentes somos um só
          Um só mar de gente pulsando
          Vocalista pula insano, penso
          Como consegue e como consigo
          É o destino? Ele ali no palco
          Performance, eu aqui do alto, em transe
          Ele sabe disso? Não me vê
          Eu estudo seus passos
          Ele canta meus passados
          Um reggae a dedo escolhido
          Agita meu coração como um rock contido:
          O baixista parece meu filho.

          KLARA RAKAL

Na Fundição Progresso, 19/01/2016, no intervalo entre shows das bandas 11:20 e O Rappa

sábado, 16 de janeiro de 2016

Laina Nascimento

Essa menina... já escreveu no meu "caderno do cotidiano" e agora "invade" o meu blog!!!

Bem que o blog precisava de algum movimento, né...

Ela escreveu um poema numa oficina de produção poética e com ele participou do festival de poesias da escola. Está descobrindo o prazer dos primeiros versos!! Depois não parou mais! E escreveu esse pra mim:

Essa mulher é poderosa!

Ela é linda,

Ela é maravilhosa,
Essa mulher é superpoderosa!

Ela é carinhosa e parece uma rosa!

Mas e só comigo que é tão amorosa.
Ela é muito fofinha,
E parece um smurf de tão baixinha!

Ela é muito extrovertida,

Cada vez sua aula fica mais divertida!
Ela é doidinha,
Bem maluquinha!

Ela é divertida,

Já virou minha amiga!
Ela é minha preferida.
E tem uma vida colorida!
Eu sempre vou amá-la
E o nome dela é Karla!

Junto com o poema, Laina fez esse depoimento sobre mim:

"Fiz esse poema para uma pessoa muito especial na minha vida, uma mulher maluquinha, divertida, carinhosa, chatinha, baixinha, que pega no meu pé, e me da bronca quando é preciso. E fofinha no sentido de personalidade!!!!! Um verdadeiro amor de pessoa!!!!! Te amo Karla e nunca vou esquecer de você e como você virou uma pessoa tão especial na minha vida!!!!!"

TEM COMO NÃO AMAR ???


Laina foi minha aluna no 8º ano do E.F. na Escola Municipal Rodrigo Otávio em 2015 e, agora, é minha amiga querida. Com ela aprendo juventudes.