domingo, 6 de novembro de 2011

Solidão depois


          SOLIDÃO DEPOIS

          A pior solidão é aquela
          que a gente sente quando
          se espera alguém.

          É a ausência.

          Só há ausência se houve,
          um dia,
          a presença (avassaladora, de alguém).

          A lágrima é morna.
          Mas só por um instante.
          O vento a esfriou.

          A coisa de que eu tenho mais medo,
          agora sei,
          é a solidão.

          Pensava que era a morte,
          mas não: o pior da morte
          é a solidão depois.

          Meus olhos agora ardem
           – secos! –
          com o vento que esfriara
          a lágrima.

          Ela não existe mais...
          Ficou só o vazio...

Poema selecionado, mas não premiado no III Concurso de Poesias da Biblioteca Municipal  Euclides da Cunha (Cocotá). Muitos poemas de alta qualidade literária e belíssimas interpretações. Tema livre.


               -foto do arquivo pessoal-
               -imagem pesquisada no google-

2 comentários:

  1. Pode não ter sido premiado, mas o seu poema é belíssimo! Não apenas essa, porém todas as suas produções são dignas de premiação, ainda que não haja concursos. Vc é "hour concour"!

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  2. Juçara, você me "estraga" com seus mimos...

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