SOLIDÃO DEPOIS
A pior solidão é aquela
que a gente sente quando
se espera alguém.
É a ausência.
Só há ausência se houve,
um dia,
a presença (avassaladora, de alguém).
A lágrima é morna.
Mas só por um instante.
O vento a esfriou.
A coisa de que eu tenho mais medo,
agora sei,
é a solidão.
Pensava que era a morte,
mas não: o pior da morte
é a solidão depois.
Meus olhos agora ardem
– secos! –
com o vento que esfriara
a lágrima.
Ela não existe mais...
Ficou só o vazio...
Poema selecionado, mas não premiado no III Concurso de Poesias da Biblioteca Municipal Euclides da Cunha (Cocotá). Muitos poemas de alta qualidade literária e belíssimas interpretações. Tema livre.
-foto do arquivo pessoal-
-imagem pesquisada no google-
Pode não ter sido premiado, mas o seu poema é belíssimo! Não apenas essa, porém todas as suas produções são dignas de premiação, ainda que não haja concursos. Vc é "hour concour"!
ResponderExcluirJuçara, você me "estraga" com seus mimos...
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