Aos catorze dias do mês de setembro lavro esta ata Que não ata nem desata Mas me maltrata E aos poucos me mata. Lavro, assino e dou A assinar Mas antes, a assassinar O que de bom em mim sobrou E os presentes? Cada vez mais ausentes...
De peito aberto Quem sabe dessa vez eu acerto? Decerto o meu erro é o meu acerto Se não acerto é que meu erro passou perto. De peito aberto aceito o meu erro... E a lágrima verto. KLARA RAKAL
sábado, 15 de setembro de 2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Godzilla
O tempo chega
como se fosse um Godzilla
sua cauda vai derrubando
meu sonho-cidade
um por um vão caindo
planos prédios pontes
projetos...
No final, só há dejetos
destroços
destroços
toscos pedaços
da minha mocidade.
Klara Rakal
31 08 2011
- imagem pesquisada no google -
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Entreminhas
O
amor onde está?
Está
entre elas,
as
belas
a
entretê-lo
pela
tela?
(Pois
para que tê-lo,
o
amor verdadeiro?)
O
amor estava
nas
entrelinhas...
Estava
nas
entreminhas
mil
formas de te amar
que
te entretinha
até
o dia raiar...
Mas,
ao duvidares se tinhas
ou
não, o amor que querias,
então...
É
lá que pra ti o amor agora está:
naquelas
estrelinhas...
que
consomes
deitado
no sofá.
04 07 2010.
- imagem pesquisada no google -
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Pedro
Você está aqui, filho
Para Pedro Antunes.
Agora
Muito vento lá fora
Vento virado
Aquele que tem cheiro de
alto-mar
Vento de Cabo Frio,
só porque é lá
que você agora está,
filho.
Nesse momento
Muito vento aqui dentro
Vento desvairado
Aquele que tem cheiro de
muito-amar
Vento que me agita o
Peito,
só porque é aqui
que você sempre está,
filho.
Klara Rakal
10 12 2011
segunda-feira, 23 de abril de 2012
ENGULA!
Estou sóbria.
Vejo a vida com outros
olhos.
Não estou mais entorpecida
com a vaidade.
Deixei de beber a
racionalidade
com que se vestem
os medrosos.
Sou outra.
Meu vício não é mais
apenas
sobreviver.
Dou grandes goles
daquilo que agora posso
chamar de VIVER!
Klara Rakal
17/04/2011
Em um domingo, por volta do meio-dia, andando, subindo a minha
rua, indo ao mercado fazer compras, sozinha. Sol batendo no rosto. Observei as pessoas no entorno. Esse poema me veio à mente, todo
(de novo!), de repente. Parei e anotei no único papel que tinha na minha bolsa:
a lista de compras. Que coisa...
domingo, 8 de abril de 2012
Poeminha (irônico) de Páscoa
Poeminha (irônico) de Páscoa
Coelhinho da Páscoa
que trazes pra mim?
Viagem a Lisboa,
ramo de jasmim?
Da Páscoa, querido
coelhinho, que trazes?
Televisor colorido,
vídeo de rapazes?
Trazes o quê,
gentil coelhinho?
Vestido chiquê,
champanha ou vinho?
Coelho dos ovos,
pra mim, que surpresa?
Sapatos novos,
título de princesa?
Coelho sapeca,
que trouxe, me diga?!
Talvez, quem dera,
uma boa amiga?
Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim?
Um ovo, dois ovos, três ovos assim...
KLARA RAKAL
29.03.91
Ainda muito atual...
(Poema publicado na coletânea de poesias de profissionais da Secretaria Municipal de Educação do Rio, em 1993 - 1ª vez participando do concurso.)
- imagem colhida no google -
sábado, 31 de março de 2012
Sótão
OS DEGRAUS
Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não suba aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...
Mário Quintana
quisera descer os degraus
nem monstros falam comigo,
despertos, pelo menos ficam mais perto...
enquanto isso rememoro antigos saraus
ouço minha própria voz
em poemas poucos
(soluço atroz ?)
onde ao menos máscaras caem e ouço
cada caco de Deuses se desprendendo
ficar é tudo o que me limita
e aprendo:
desligo o que grita
o que agita
aquele que me fita
e me deixa aflita
o sótão é longe
mas subo
subo para adormecer
este mês de agosto
(embora seja janeiro)
klara rakal
23 01 2012
*imagem pesquisada no google*
sábado, 24 de março de 2012
É, Vera...
É, Vera,
quem dera
que a vida fosse
eterna primavera...
Mas... Outoneceu!
e nem sempre nos damos conta
de como aconteceu...
nem quando,
nem por quê...
A vida é assim:
apronta,
nos desaponta...
Quisera sentir-me pronta
para a vida...
(Mas, considera:
pode-se, ainda,
fazer-se de tonta...
pode-se não pagar a conta,
pode-se aceitar a afronta...)
O que, às vezes, me desespera
é fazer da vida uma
mera
quimera,
se o que não foi feito
é o que se fizera...
10/05/2005
sábado, 17 de março de 2012
Resposta
Estava assim naquela época... |
Resposta
(para Euclydes Fernandes)
Pedes para meu coração abrir
Investigar, remexer, descobrir
O que cabe ou não,
O que nele posso guardar,
O que devo desprezar,
Quem sabe a solidão?
É tarefa difícil essa:
Tenho medo e pressa...
Achava coubesse tudo:
A lua o irmão o cacto
a casa o bruto o pacto
Mas, se o que sinto
Não cabe, mesmo, no coração,
Como não te dar razão?
A tua a mão o fato
a asa o luto o ato...
30/03/2005
Karla Antunes
(A persistência é pálida:
Cálida tem sido a existência!)
Poema escrito em início de 2005, época de muitas perdas e algumas retomadas. Foi realmente uma resposta ao meu provocador amigo e poeta sensível Euclydes, também professor, que atua comigo já há 8 anos no PEJA - Programa de Educação de Jovens e Adultos.
Dimensão
Abre teu coração...
Vê que nele não cabe tudo,
Todas as emoções da existência.
Vê, com nítida calma,
E cálida persistência
O que te cabe na alma.
Vê se podes guardar
Todas as marés, gaivotas, palmeiras e ventanias...
Mas, abre teu coração com cuidado
Pois ele és tu ferido
Ele és tu atado,
Ele és tu despido,
Ele és tu alado...
Depois de dimensionar
O que cabe em teu coração
Aprendas de novo a amar
sem rancor,
sem angústia,
sem solidão...
(Euclydes Fernandes)
- imagens capturadas no google -
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Carnaval
Carnaval de ideias
pego o meu bloco
u
as palavras p l
a m
- imagem pesquisada no google -
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