Quanto vale a vida,
quanto vale?
Se a lama cobre
se a vila some
se o vale acaba?
Quanto vale a vida,
quanto vale?
Se a vala abre
se nada sobra
se tudo cala?
Se a Vale mata,
quanto leva?
Não importa
o que se revele,
em quem resvala?
Quanto vale a vida,
quanto vale?
Se a vela apaga,
não importa o quanto vele,
o destino sela.
A alma, a morte leva,
mas não a lava.
KLARA RAKAL
HOJE, 25 DE JANEIRO DE 2024, COMPLETAM EXATOS 5 ANOS DA TRAGÉDIA EM BRUMADINHO, MG.
ROMPIMENTO DA BARRAGEM DO FEIJÃO, COM APROXIMADAMENTE 300 MORTES E FORTE IMPACTO AMBIENTAL.
NÃO PODEMOS ESQUECER!
Poema publicado no livro SEMÁFORO ESCANGALHADO NO AMARELO — em estado constante de alerta poético, 2023, edição da autora, disponível para venda (para adquirir, envie mensagem para o e-mail klara.rakal2011@gmail.com)
Lindo e reflexivo, parabéns
ResponderExcluirMuito lirismo e realidade.
ResponderExcluirEsse " jogo de palavras " que quase rima, quase explica , por fim desagua na cruel realidade. Adoro . Meus aplausos poetisa 🚦🚧
Muito lirismo e realidade.
ResponderExcluirEsse " jogo de palavras " que quase rima, quase explica , por fim desagua na cruel realidade. Adoro . Meus aplausos poetisa 🚦
A klarak
ResponderExcluirA Klara, muito nos honra com seu talento e sua forma sutíl de dizer as coisas, mesmo que estas sejam ruins, em seus versos se tornam boas. Parabéns minha amiga.
ResponderExcluirQue reflexão! As suas poesias trazem tantos sentimentos... conforto, amor, saudade... obrigada por compartilhar conosco.
ResponderExcluirLindo e oportuno poema!
ResponderExcluirSENSIBILDADE PURA E SUPER OPORTUNA A REFLEXÃO
ResponderExcluirNada vale?
ResponderExcluirTudo se acalma
Ao vale ,se vela.
Meus aplausos!
Gratidão por expressar sentimentos através de palavras, Klara!
ResponderExcluirPara o povo, nada VALE depois de privatizado, nem a vida...
A vida de fato é abundância, ter a sua poesia no meu cotidiano é uma prova disso, alimenta minha alma cada palavra, eu agradeço por tanto!
ResponderExcluirBelo poema
ResponderExcluirVocê capotou de forma coesa este dia de profunda triste. Jamais podemos nos esquecer daqueles que lutaram por suas vidas e as perderam.
ResponderExcluirMaravilhoso.
ResponderExcluirÉ Klara! Dessa lama, nada lava o descaso!
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