Fome
que não tem nome.
É grande a Lagoa: um mar sem fim...
E assim toda a angústia some,
O morno sol da manhã a consome
E a brisa chega de manso e avisa
que é chegada a hora...
Duas gaivotas se exibem
tão de perto
que posso sentir a vibração das minhas asas confundidas com as suas.
Satisfeito, flutua o Guerreiro
e embora ancorado, passeia de um lado
para o outro, enquanto a superfície antes lisa
da água ondula com a brisa.
Ele me olha, calado,
e ao invés do que o batismo sugere
mostra o bicolor convés
e molha lentamente seus pés.
Ao longe um peixe pula
Um pato mergulha
E a vida acaba ao mesmo tempo em que é alimentada.
Antonio me (ch)ama, grita: Karla!
(Meu coração se agita)
Vem pro café!
Mas, a Lagoa me alimenta.
É o meu desjejum.
Fome saciada.
Escrito em 1º - 06 - 2013, em Praia Linda - São Pedro d’Aldeia
(Às margens da Lagoa de Araruama, observando-a até onde os azuis me deixaram ver.)
Poema não selecionado no concurso da SME - 2013.
Lugar tão lindo que não me furto a divulgar mais algumas imagens clicadas por mim naquele feriado.
Muito bom ter de volta minha amiga poeta!!
ResponderExcluirPalavras tão bem colocadas, sua poesia me alimenta a alma.
Adoro!!! Beijos.
Que bom que gostou, Cris. Aos poucos, estou voltando... em tudo. Bjs.
ExcluirOba! Minha maninha de volta! Poesia linda para um pedacinho de paraíso! Quero ir lá também...
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