segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Pela janela


Pela janela,
vejo o verde aprisionado
lá fora.

Aqui dentro,
a liberdade também é pequena:

há grades nas emoções,
e são tão densas
e duras quanto as da janela.

Mas, as grades formam estrelas...

À noite, a luz do poste
as imprime na parede
da sala

enquanto o resto se cala.

Tudo são só impressões,
sombras, projeções?

Palpável, só a minha sonolência.

04/09/2010 

Com preguiça de fotografar minha janela, uso a foto roubada da Renata Araújo.

(Poema publicado por culpa da Renata Araújo, 
que por coincidência tem estrelas na janela 
e, certamente, também as tem no coração...)


Agora, completo a postagem com a foto da minha janela; a que me alimenta a alma com suas estrelas...

A luz de setembro invadindo minha sala-vida...

8 comentários:

  1. Karla, muito,muito lindo! Descobri com seu poema porque sou tão feliz: as minhas estrelas estão no céu...não me sinto aprisionada! Beijos de luz, Bel

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    1. Minhas estrelas na janela amenizam o que por ventura possa estar preso dentro do peito, Bel...

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    2. Muito linda sua poesia!
      Continue nos presenteando com essa maravilha que é a poesia... que nos massageia a alma!
      Beijos
      Denise

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    3. Para quem tem a sensibilidade na alma a inspiração vem de qualquer lugar até de uma prosaica grade com estrelas... lindo maninha! Bjs

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  2. Belíssimo o seu poema, linda a sua janela de estrelas, sensível o seu coração de poeta!

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  3. Renato, seus olhos de poeta trovador veem a beleza através da janela... meus olhos de poeta só enxergam o que está dentro... Obrigada pela visita e pelo tão carinhoso comentário!

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