e tirava as pedrinhas,
mas percebeu que também excluía
todos os feijões diferentes:
as descascados,
os separados em metades,
os enrugados,
os descorados,
os cortados,
os deformados,
os de cor diferente.
Foi separando e se angustiando.
Fez mentalmente uma comparação com a sociedade atual:
— não é isso que todos os dias se faz?
Ela juntou tudo de novo no alguidar
e cozinhou o feijão
mais justo de todos os tempos.
Poema publicado no livro SEMÁFORO ESCANGALHADO NO AMARELO — em estado constante de alerta poético, 2023, edição da autora, disponível para venda (para adquirir, envie mensagem para o e-mail klara.rakal2011@gmail.com)
Muito bom!
ResponderExcluirAmo demais essa poesia!! Incômoda na medida certa!!
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