NAUFRÁGIO
A madrugada avança
tua imagem
em minha mente dança:
viagem.
Passado recente
e ainda tão
reticente...
(Solidão)
Saudade
do que não teria
fim:
a tempestade
ainda arde
dentro de mim.
Pois,
Teu olho azul
de mar, bússola febril,
apontava o sul
do meu quadril.
E tuas caretas
de prazer eram certezas
como setas
a nos apontar
metas
a nos desviar
das correntezas...
(Teriam sido incertas?)
Ei, uma gaivota
sobrevoou.
Pega o leme!
Acerta a rota!
Mas teu furor
não notou...
Presságio.
Nada parecia frágil
transbordamos vagas
cortamos ventos
construímos sagas
em nossos momentos...
Mas os faróis,
luzes de alarde,
mais do que mil sóis
diziam: já é tarde
para nós dois.
Onde está o porto
o norte, a ponte,
o monte,
a sorte, onde?
Naufrágio.
- imagens pesquisadas no google -
Poema premiado e publicado na coletânea POESIA NA ESCOLA - 2003, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, categoria Profissionais da Educação.
Amei Profª, se a Srª lançar um livro, certamente, irei comprá-lo.
ResponderExcluirBjss e parabéénsss.
Querida amiga, como sempre deliciei-me com seu poema. Vc é demais! Quanta emoção e que facilidade para expressá-la! aguardo ansiosamente o seu livro... Bjs
ResponderExcluirKarla, que poema belíssimo! Me senti em pleno naufrágio, me afogando em palavras. Parabéns!
ResponderExcluirEu dizer que amo, que adoro, que é lindo é suspeito eu sei, sou irmã!
ResponderExcluirMas é verdade, basta ler, sentir...