FAXINA
Para corações a mil,
Bombril.
Sabão em pó
Para quem está só.
Antibactericidas
Para as preteridas.
Quer um bom amante?
Amaciante.
Água sanitária
Para as solitárias.
Cera em pasta
Para dar um basta.
Quer mudar sua sina?
Naftalina.
Para o ausente,
Detergente.
E para o distante,
Desinfetante.
Destac Madeira,
Pinho Bril:
Ai, o amor
está em que prateleira?
(O amor não tem refil.)
Esse poema teria mais uma estrofe, bem direcionada a alguém que eu tinha acabado de "limpar" do meu coração, alguém que finalmente eu tinha decidido jogar fora, porque não prestava mais, aliás nunca tinha prestado... O ano era o de 2002, alguns resquícios ainda de uma faxina iniciada em 1999. Reproduzo a última estrofe, que depois foi banida do poema - quando eu não precisava mais convencer a mim mesma.
(Para um blog a gente confessa tudo... é a proposta!)
Para aquele arrogante e otário,
Desodorizante de vaso sanitário.
Poema premiado e publicado na coletânea POESIA NA ESCOLA - 2002, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, categoria Profissionais da Educação.
imagem pesquisada na internet
Querida,
ResponderExcluirBelíssimo poema. Eu já o conhecia, mas a última estrofe é novidade para mim. Escrever muitas vezes é uma verdadeira catarse, não é? Isso acontece comigo... Bjs!
KKKKKKKKKKKKKKKKK eu já havia lido... e pra mim, vc mostrou a última estrofe...te amo muito!!!! Vai ficar curiosa e não vou dizer quem sou... rsrsrs... bjs
ResponderExcluirMariana!
ResponderExcluirSó faltou o baygon pra finalizar a limpeza e concluí-la com sucesso! 💪🏾😹
ResponderExcluirSou eu, Nil ☝🏽🤩
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